Nesta quinta-feira (14), foi realizada mais uma sessão de depoimentos da CPI dos Cheques na Câmara Municipal, que apurar o desvio de R$ 375 mil dos cofres da Prefeitura Municipal. O secretário municipal de Serviços Públicos, Marco Thomazo, o Chiréia, foi um deles. O objetivo deste depoimento foi o de apurar como era contratada e paga a empresa do empresário Rinaldo Jordão, titular dos cheques que foram encontrados no cofre da Secretaria Municipal da Fazenda e que deram início ao escândalo.
O presidente da CPI dos Cheques, Roselei Françoso (Rede), afirmou que o depoimento de Chiréia foi bastante esclarecedor em relação à sistemática de contratação de serviços de eletricidade e seus pagamentos. “As notas fiscais eram apresentadas antes mesmo de o serviço ser realizado. Ele disse que algumas não previam quantidade de horas, mas sim o serviço executado. Porém, o serviço foi contratado e pago por hora. Mas o serviço contratado por hora tem que ser pago por hora e não por empreitada”, disse Roselei.
Chiréia por várias vezes foi questionado sobre atos irregulares que teriam ocorrido em sua pasta e que foram reveladas no depoimento do servidor público Ivan Staine no depoimento realizado quarta-feira. Ele disse que após tomar conhecimento dos fatos, abriu uma sindicância para apurar os casos.
Depois foi a vez do depoimento do secretário municipal de Educação, Douglas Marangoni. Sua pasta firmou apenas um contrato com a empresa de Rinaldo Jordão para realizar os serviços de manutenção elétrica. Ele afirmou que os trabalhos foram feitos no Palacete Bento Carlos, instalado na rua 13 de Maio, cujo prédio foi reformado pelo Instituto Arruda Botelho com incentivos fiscais da Lei Rouanet. Foi perguntado a ele também sobre a nomeação da esposa do empresário em cargo de função gratificada.
Marangoni esclareceu que a esposa de Jordão é concursada há mais de 30 anos e que é uma funcionária dedicada e competente.
