31/10/2023 às 19h19min - Atualizada em 31/10/2023 às 19h19min

São Carlos participa do IV Encontro Estadual do PETI em Ribeirão Preto

A equipe de São Carlos foi responsável por escrever um capítulo da Coletânea de Boas Práticas do PETI no Estado de SP

São Carlos participa do IV Encontro Estadual do PETI em Ribeirão Preto
Uma equipe da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (SMCDAS), participou nos dias 25 e 26 de outubro, na cidade de Ribeirão Preto, do IV Encontro Estadual do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).

Realizado no auditório do Centro Universitário Estácio, o IV Encontro PETI teve dois temas centrais: Diagnóstico e as Formas de Trabalho Infantil no Estado de São Paulo e Ações Estratégicas: metas e ações estaduais.

O evento, foi organizado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e contou com a participação de representantes de 117 municípios que integram o AEPETI – Ações Estratégicas de Enfrentamento ao Trabalho Infantil.

São Carlos participou das oficinas e debates atualizados sobre o tema, além da mesa de publicação da Coletânea de Boas Práticas do PETI no Estado de SP.

A equipe de referência do programa no município de São Carlos participou da publicação com um capítulo escrito pela terapeuta ocupacional Roberta do Pinho e pelo psicólogo Fernando Oliveira, intitulado “Oficinas formativas como ação estratégica de informação, articulação e mobilização da rede: a experiência de São Carlos na execução do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil”.

A última estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, apontou que 1,8 milhão de crianças e jovens se encontravam em situação de trabalho infantil, sendo 1,3 milhão em atividades econômicas e 463 mil em atividades de autoconsumo.
Segundo dados do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, no Estado de São Paulo, em 2019, havia 249.268 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade em situação de trabalho infantil.

No exercício de trabalho, as crianças e adolescentes paulistas eram, majoritariamente, balconistas e vendedores de lojas, ocupação que abrigava 11,1% ou 27.777 das crianças e adolescentes trabalhadores; escriturários gerais (24.662) ou 9,9%; e cuidadores de crianças (18.676 ou 7,5%).

As principais atividades exercidas pelas crianças e adolescentes trabalhadoras no estado eram a de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (22.178 ou 8,9%), seguida por comércio de artigos do vestuário, complementos, calçados e artigos de viagem (13.153 ou 5,3%) e supermercado e hipermercado (12.703 ou 5,1%).

Vale ressaltar que os principais objetivos do Plano Estadual de Erradicação ao Trabalho Infantil são fortalecer os laços familiares, promover a inclusão dessas famílias em programas de transferência de renda, além de estimular as crianças e adolescentes a concluírem os estudos e incluí-los em atividades culturais e esportivas.

As principais práticas de trabalho infantil estão crimes como exploração sexual e recrutamento ao tráfico de drogas. A utilização de crianças e adolescentes para o trabalho no campo e nas ruas das grandes cidades também são grandes desafios a serem discutidos e combatidos.

Para Gilberto Nascimento, secretário estadual de Desenvolvimento Social, o trabalho infantil é uma prática criminosa que deve ser erradicada, mas depende de uma articulação de diversos atores sociais e setores produtivos.

“Proteger as crianças e adolescentes é uma responsabilidade de todos, especialmente do poder público. Todos os dias vemos crianças vendendo doces nos faróis das grandes cidades para ajudar no sustento da família. Isso é trabalho infantil. Outras, ainda pior, são aliciadas para trabalhar para o tráfico de drogas e na exploração sexual. Precisamos celebrar um grande pacto em prol da infância no Estado de SP”, defendeu.
 

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