Azuaite França manifesta pesar pela tragédia em escola de Sapopemba e pede urgência nas medidas de enfrentamento da violência escolar

A seu ver, as medidas de enfrentamento apontadas em estudos de especialistas precisam urgentemente avançar no sentido da proteção dos alunos, professores e funcionários das escolas.

Azuaite França manifesta pesar pela tragédia em escola de Sapopemba e pede urgência nas medidas de enfrentamento da violência escolar

O 2º.Vice Presidente do Centro do Professorado Paulista (CPP), professor Azuaite Martins de França, emitiu nota em que manifesta pesar pela morte de uma estudante da Escola Estadual Sapopemba, na zona Leste de São Paulo, assassinada nesta segunda-feira (23), e expressou solidariedade aos familiares da aluna e às três pessoas feridas a tiros no brutal atentado praticado por um menor de 16 anos, também estudante, que usava uniforme daquela unidade escolar. Ele foi apreendido pela Polícia.

“A tristeza se faz acompanhar da perplexidade diante da constatação do quanto nossas escolas seguem vulneráveis a episódios de violência extrema, que nos colocam a todos – famílias, escola e sociedade = diante do desafio de frear uma escalada de tragédias que se sucedem e não podem ser normalizadas”, afirmou Azuaite, vereador e presidente da Comissão de Educação da Câmara de São Carlos.

A seu ver, as medidas de enfrentamento apontadas em estudos de especialistas precisam  urgentemente avançar no sentido da proteção dos alunos, professores e funcionários das escolas.

“É urgente que governantes e gestores da Educação valorizem ações cooperativas como caminho para afastar o ódio e a violência”, alertou. “Que cada um faça o seu papel para resgatarmos a segurança e a boa convivência nas unidades escolares – territórios por excelência do conhecimento e da solidariedade, da cultura e da paz”.

A tragédia desta segunda-feira ocorreu na sequência de outros ataques a estabelecimentos escolares ocorridos este ano. No último dia 10, o colégio Particular Dom Bosco, em Poços de Caldas (MG), foi alvo de um ataque praticado por um menor, ex-aluno da unidade, que matou a facadas um estudante e feriu outras três pessoas.

No dia 19 de junho, um atentado a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, deixou dois alunos mortos —um casal de adolescentes. O autor do ataque, um ex-aluno de 21 anos, foi encontrado morto dias depois na prisão.

Na manhã de 5 de abril, um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças. As vítimas são três meninos e uma menina, com idade entre 5 e 7 anos. Uma machadinha e um canivete foram usados na ação.

Em 27 de março, a professora de ciências Elisabeth Tenreiro, 71, foi morta em um ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.  O agressor também feriu dois alunos e outras três professoras. O adolescente, que era aluno do 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido.

O crescimento de ataques de violência extrema em escolas e de ameaças de novos eventos do gênero foi tema de debate promovido no dia 19 de junho passado no CPP de São Carlos.

Na ocasião, Telma Vinha e Cesar Nunes, pesquisadores da Unicamp, e o sociólogo Cesar Callegari, analisaram as causas e consequências da violência nas escolas e apontaram caminhos para enfrentar o problema. O debate, que se repetiu na Câmara de São Paulo no dia 11 de setembro passado, trouxe importantes ideias e teve por objetivo principal sensibilizar os participantes para a importância de abordar a violência nas escolas, fomentar a troca de experiências e boas práticas entre profissionais da Educação, alunos e demais interessados.

Azuaite França avalia que é fundamental que os governos e instituições como o CPP mantenham-se em permanente conexão com especialistas na abordagem de temas como clima escolar, problemas de convivência, relações interpessoais e desenvolvimento sociomoral e emocional, ética, diversidade e democracia na escola pública.