06/01/2023 às 10h32min - Atualizada em 06/01/2023 às 10h32min

A intenção é boa, porém só muda os personagens

Comitiva de São Carlos foi entregar aos ministros do governo Lula um relatório detalhado dos prejuízos que a chuva causou no último dia 28 de dezembro

Comitiva de São Carlos foi entregar aos ministros do governo Lula um relatório detalhado dos prejuízos que a chuva causou no último dia 28 de dezembro
E nesta quinta-feira (05) uma comitiva de São Carlos formada pelo vice-prefeito Edson Ferraz, vereador Lucão Fernandes e pelos secretários municipais Leandro Severo (Comunicação) e Fernando Carvalho (Relações Legislativas e Institucionais), esteve em Araraquara para se encontrarem com os ministros Jader Filho, das Cidades e Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional.

Relatório
O objetivo foi entregar aos ministros do governo Lula um relatório detalhado dos prejuízos que a chuva causou em São Carlos no último dia 28 de dezembro e solicitar a liberação de recursos para que a Prefeitura consiga fazer a recuperação das regiões destruídas pelas enchentes.

A visita
Os ministros, juntamente com o deputado federal Baleia Rossi (MDB), visitaram alguns pontos de Araraquara que também foram afetados pelas intensas chuvas e receberam o relatório dos representantes de São Carlos.

Intenção boa
Sabemos da boa vontade da comitiva são-carlense em tentar obter recursos para realizar o maior número possível de obras de combate às enchentes, porém não é isso que causa repulsa.

A mesma conversa
A repulsa se dá pelas declarações das “autoridades”, não foi muito diferente daquilo que a ex-ministra Damares disse e até prometeu quando esteve em visita aqui em São Carlos (início de 2020), após a até então “última grande enchente”.

Sabem de tudo em menos de uma semana
E as declarações dos novos ministros chegam a ser hilários. Com menos de uma semana no cargo, falam como se já estivessem a anos e com conhecimento de tudo o que acontece na pasta que comandam e no país que vivem.

Efetivamente
Esses discursos ensaiados é só pra “inglês” ver. Será que não cansam não? No caso São Carlos, essa parte burocrática, nada melhor que o diretor da Defesa Civil Pedro Caballero. Ele já sabe de cor e salteado como deve proceder e agir. Ele deveria compor estar compondo esta comitiva, não acham?  

Aluga-se
Enquanto os políticos ficam fazendo “política”, mais prédios na região da baixada estão fechados com placas de “aluga-se”.

Não vai mudar
Esse problema das enchentes é uma herança que nos acompanhará para sempre. Algumas regiões de São Carlos, simplesmente foram projetadas e construídas em cima de rios e córregos, sem planejamento nenhum. Sabe quando iremos resolver esse problema? Nunca! Amenizar é possível, agora resolver, nunca.

Como assim
Simples, basta ver os empreendimentos imobiliários que estão surgindo as margens dos rios e córregos. Como será o comportamento do rio Gregório, quando os empreendimentos naquela área ao lado do SESC e do outro lado da avenida Comendador Alfredo Maffei estivem prontos?

Falarão
Os políticos do futuro dirão a mesma coisa que os políticos de hoje dizem aos quatro cantos e que os do passado também disseram. É uma obra aqui e acolá, mas resolver, ah! Já era.

Em 1913
Talvez se em 1913 alguém tivesse ouvido o Coronel Leopoldo Prado, a história da região do Mercado poderia ser diferente e a do Shopping por consequência também. Leopoldo Prado propôs na época naquela região construir um grande lago com equipamentos de lazer para esportes náuticos, clube de natação e regatas, pavilhão, salão de danças, bar, ajardinamento, arborização da área etc.

Detalhe
Os investimentos seriam por conta exclusiva do Coronel, orçados em 30 contos de reis. A contrapartida seria a exploração comercial das instalações por 30 anos. Os administradores públicos da época negaram o pedido e, aborrecido, Leopoldo Prado retirou-se para Botucatu, onde faleceu em 1941, aos 82 anos.

E aqui
O Coronel foi embora, morreu e virou apenas nome de rua, já quem ficou, paga a conta até hoje com os seguidos prejuízos que as enchentes causam regularmente.

Confetes 
Agora um registro positivo precisa ser feito nessa história toda. Essa administração até então liderada pelo prefeito Airton Garcia, não vem medindo esforços para amenizar os problemas das enchentes. Piscinões, limpezas regulares, etc...  

O que foi aquilo
Outra verdade também precisa ser dita, apesar das críticas. Que chuva foi aquela hein? Se não fosse essas intervenções citadas no tópico acima, talvez hoje essa região afetada estivesse “devastada”.

Achamos o problema
Muita gente reclama da saúde do município. Que não está boa, que falta isso, que falta aquilo não é mesmo? Mas nossos agentes do CIAP (Central de Inteligência da Ácidas da Política), enfim descobriu o que pode estar por trás disso. Estar atrás não, achamos quem pode ser o culpado por tudo isso.

Quem seria?
A Educação! Como assim? Mais especificamente a “Seção de Apoio ao Infantil I do Departamento Pedagógico”. Não é possível... Mas o que tem a ver profissionais da Educação com a Saúde? Não sabemos, mas o Diário Oficial do Município, edição desta quinta-feira (05) sabe.

Está lá
Página 9, artigo 8º: A Seção de Apoio ao Infantil I do Departamento Pedagógico possui as seguintes atribuições, item XIII: “apoiar a Diretoria de Gestão do Cuidado Hospitalar na coordenação do desenvolvimento das atividades relacionadas aos serviços de urgência e emergência.

Está lá II
Item XIV: “Apoiar o controle de suprimento e armazenamento de material de consumo em cada unidade e nas unidades de urgência e emergência no âmbito das Unidades de Pronto Atendimento e Sistema Ambulâncias Médicas Urgentes.

Está lá III
Item XV e XVI “Consolidar as informações relativas à produção das atividades prestadas, dos bens patrimoniais e gestão de pessoas da Diretoria de Gestão do Cuidado Hospitalar e coordenar o transporte programado de pacientes portadores de necessidades especiais para atendimentos em outras unidades e de paciente para sessões de hemodiálise, câmara hiperbárica, quimioterapia, radioterapia, antibioticoterapia, fisioterapia, curativos de grande porte, agendadas.

Lógico
Que trata-se de um erro de diagramação, ou alguém fez um Ctrl C / Ctrl V e esqueceu de corrigir. É cada uma não!

Notificação
E depois de acompanhar toda a movimentação, fazer fotos, lives entre outras coisas, a Prefeitura na quarta-feira (04) resolveu notificar oficialmente a RUMO Logística, empresa concessionária da malha ferroviária paulista, sobre a diminuição da vazão do Córrego Monjolinho em virtude da intervenção emergencial e provisória no aterro da linha férrea realizado pela empresa entre os dias 29 de dezembro de 2022 e 02 de janeiro de 2023.

Como assim?
A divulgação da notícia causou espanto em muita gente, afinal esperaram terminar a intervenção para notificar? Não seria mais prudente embargar? Força para isso a Prefeitura até tem. Mas então por qual motivo não o fez?

Defesa
Talvez essa notificação seja uma forma da Prefeitura se proteger no futuro de possíveis ações judiciais de pessoas que tiveram e ainda terão prejuízos por causa dessa diminuição da vazão do Córrego.

Essa semana
Prova disso é a movimentação dos moradores do Condomínio Dona Elisa localizado ao lado do “problema”. A chuva do final do ano passado causou inúmeros estragos e prejuízos naquele conjunto de prédios.

Boca no trombone
Mas agora o temor aumentou após a RUMO ter diminuído a vazão do Córrego do Monjolinho, sob a linha férrea, em cerca de 30%. O síndico do condomínio relatou na imprensa local que viu como extrema irresponsabilidade da RUMO ter reduzido a vazão do Córrego. “Aumentaram gigantescamente o nosso risco de ter alagamentos e prejuízos, além de acabar com a nossa tranquilidade”. Além disso, o síndico destacou que os moradores do prédio já constituíram advogado, que está analisando as medidas judiciais cabíveis. Talvez aí seja o motivo da notificação, não acham?

AEASC
A Associação de Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São Carlos (AEASC) também criticou a obra da RUMO. Em nota distribuída para a imprensa ela cita: “Apesar de ser uma obra emergencial para o retorno das operações do transporte ferroviário, a AEASC, tecnicamente não concorda com a redução da área de passagem de água sob a linha férrea, pois sabemos que haverá um maior represamento das águas pluviais durante as chuvas e consequente maior risco de inundações na área a montante desta obra”.

De mudança
Em breve o Departamento de Arrecadação e o SIM do Centro estará de casa nova. Eles ocuparão o prédio da antiga Caixa Econômica Federal na avenida São Carlos. A Prefeitura alugou o prédio por R$ 30 mil/mês.

Bom final de semana
O maior erro do ser humano é tentar tirar da cabeça o que não sai do coração. Fale com a gente: [email protected]
 

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Comentários »
  • 11/01/2023 às 09h58min

    E agora que os ministros de LULA reconheceram a situação de São Carlos como emergencial e já estão liberando recursos , como fica esse discursinho de que são iguais as Damares da vida? Damares é uma mentirosa contumaz e fazia parte de um governo fake.

  • escreveu:
    07/01/2023 às 20h31min

    Ué, a cidade aqui é bolsonarista, odeia o PT então tem que pedir penico pro governador de São Paulo.

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