21/10/2022 às 20h30min - Atualizada em 21/10/2022 às 20h30min

Professor da UFSCar inaugura exposição sobre o cotidiano etíope

A mostra faz parte de um projeto fotográfico encabeçado pelo fotógrafo brasileiro Zare Ferragi

Abertura será no dia 30 de outubro, em São Paulo (Foto: Zare Ferragi)
A UFSCar, em parceria com a Casa Amarela Quilombo AfroGuarany, inaugura na cidade de São Paulo, no domingo, dia 30 de outubro, às 14 horas, a exposição fotográfica "Rostos Etíopes: uma leitura da Etiópia, o teto da África". A mostra faz parte de um projeto fotográfico encabeçado pelo fotógrafo brasileiro Zare Ferragi - nome artístico do professor Cesar Alves Ferragi, do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So), do Campus Sorocaba da UFSCar -, em parceria com a fotógrafa etíope Terhas Berhe, e inclui imagens capturadas em Lalibela, Awassa, Addis Abeba e Shashamene (capital não oficial dos Rastafaris), dentre outras.

As imagens contrastam aspectos do cotidiano etíope, sugerindo uma narrativa a respeito das diversas culturas presentes no país. O projeto conta com o apoio dos gestores da Casa Amarela, em especial da artista Wanessa Sabbath, e de estudantes da graduação UFSCar voluntários.
 
A exposição, aberta e gratuita, ficará em cartaz até o dia 15 de dezembro, não requer agendamento e pode ser visitada de segunda a segunda, das 11 às 20 horas, no saguão do primeiro andar da Casa Amarela (Rua da Consolação, 1071 - Consolação, São Paulo).
 
Abertura da exposição

A abertura da exposição ocorre em conjunto com a Feira AmarEla Sustável, evento de economia coletiva e solidária que congrega coletivos de pequenos produtores periféricos, quilombolas e indígenas, no dia 30 de outubro, entre o meio-dia e 22 horas.
 
Além disso, às 16 horas, haverá a apresentação do "Monólogo Musical I am a Cat" - eu sou um gato, da artista multicultural Haikaa, com canções autorais que formam uma narrativa poética. Haikaa se define como nômade e faz da música sua casa. Segundo a artista, "como todas as formas de arte, a música é extremamente acolhedora. Nela é possível que todos os mundos se encontrem e se transformem".
 
Haikaa se utiliza da tecnologia nesta performance solo, cantando, tocando piano e utilizando bases pré-gravadas. Dividido em três atos - Sou uma Boa Pessoa, Sou um Gato, Sou uma Obra de Arte -, o monólogo conduz o público a uma viagem ao redor do mundo através de diversas referências culturais. Simultaneamente, faz uma viagem interna passando por diferentes níveis de consciência.
 
Exposição virtual

A exposição fotográfica "Rostos Etíopes: Uma leitura da Etiópia, o teto da África" também está disponível em www.rostosetiopes.weebly.com (Português) e www.ethiopianfaces.weebly.com (Inglês), sites construídos com apoio do estudante do curso Turismo da UFSCar Gabriel Cherle.

"Prevista para ocorrer presencialmente, por conta da pandemia da Covid-19, tivemos que postergar a inauguração da exposição física, que então foi lançada online. Agora, em colaboração entre a Universidade e a comunidade, trazemos a mostra para um espaço icônico de cultura, arte e resistência paulistana, uma ocupação cultural no centro de São Paulo, aberta a todas as pessoas", afirma Ferragi.
 
Essa exposição soma-se a um projeto maior que, ao longo dos anos, trata de observar a fotografia como uma ferramenta de transformação do mundo: uma maneira de lançar olhares a mundos pouco observados na realidade brasileira. "Busca-se, assim, estabelecer diálogos entre América do Sul e África, com bases epistemológicas do sul, conectando Brasil a um país do chifre africano", diz Ferragi.  A exposição estará disponível para circulação em diversos ambientes. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail [email protected].
 
Música etíope

O projeto também abriu espaço para explorações musicais etíopes, a partir de conversas entre os participantes. "Voltando o olhar para a musicalidade etíope, encontramos um vasto repertório e particularidades de cada região e de cada cultura, por isso possui uma diversidade e características únicas", afirma Alexia Canavezzi de Camargo, aluna do curso de Turismo envolvida na pesquisa.
 
"Quando estive em Addis Abeba, me surpreendi com a qualidade musical. Eu sou da tribo daqueles que olhou para essa pandemia e perguntou: 'O que é que está acontecendo aqui?' Vi esse momento pandêmico como uma fenda, um espaço do vazio e do criativo. É nesse lugar que me conecto, do not knowing, do curioso? e assim convido todos a escutarem essa playlist chamada EthioJazz, disponível tanto na plataforma Deezer, quanto no Spotify", provoca Ferragi.

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