15/03/2020 às 12h14min - Atualizada em 15/03/2020 às 12h14min

Roselei pede unidade para solucionar situação dos professores da educação básica

De acordo com o vereador, que acompanha a Educação há muitos anos, a relação entre os professores PIII e a Prefeitura está tensa desde outubro, quando a Administração comunicou à categoria que a hora-aula de 50 minutos deveria ser alterada para 60 minutos. Educação

Os professores da Rede Municipal de Educação de São Carlos, classificados como PIII, decidiram realizar um ato político na próxima terça-feira (17). Às 14 horas irão para a Prefeitura e, na sequência, farão uso da tribuna livre durante a sessão da Câmara Municipal.

A decisão, tomada na sexta-feira (13) em assembleia realizada no Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São Carlos (Sindspam) com a presença do vereador Roselei Françoso (REDE), servirá como protesto pelo não pagamento dos aditamentos feitos entre a Prefeitura e esses profissionais.

Além do ato, os professores decidiram realizar uma audiência pública na Câmara Municipal ainda nesta semana, agendar uma reunião com o Ministério Público do Trabalho para iniciar uma conciliação e aguardar até o dia 20 de março, data anunciada pela Prefeitura como limite para o pagamento, para decidir se haverá paralisação ou greve da categoria.

“Precisamos de unidade para solucionar questões que afetam a vida de pelo menos 180 professores e, indiretamente, de milhares de alunos”, ponderou o vereador Roselei. “Não podemos trabalhar na base da pressão como a Prefeitura, por meio da Secretaria de Gestão de Pessoas, tem feito com essa categoria”, observou. “Não queremos confrontar a Prefeitura, mas se for preciso teremos que fazer”, alertou.

Roselei aproveitou para explicar que a alteração na Lei 13.889/2006, aprovada em agosto de 2019 para equiparar os direitos dos professores efetivos e dos temporários – os quais não tinham direito de exercer o horário de trabalho pedagógico coletivo (HTPC), individual e livre remunerado – não pode ser utilizado para justificar as alterações para os efetivos. “A Câmara trabalhou para garantir a isonomia para os professores temporários com a participação dos professores e do Sindicato”, salientou. “E se for necessário alteramos novamente a lei”, enfatizou.

De acordo com o vereador, que acompanha a Educação há muitos anos, a relação entre os professores PIII e a Prefeitura está tensa desde outubro, quando a Administração comunicou à categoria que a hora-aula de 50 minutos deveria ser alterada para 60 minutos.

De lá para cá, foram feitas várias reuniões para tratar dessa questão até que em novembro um acordo firmado entre a Prefeitura e o Sindspam definiu que uma Comissão seria formada para encontrar uma solução. “Esses professores têm aulas em várias escolas num mesmo dia, aumentar o tempo de aula impacta decisivamente em suas semanas de trabalho”, explica Roselei. O Sindspam já entregou uma proposta à Prefeitura e aguarda uma manifestação.

Pagamento – No entanto, devido a esse novo entendimento sobre a hora-aula, os professores não receberam os valores referentes ao aditamento do contrato. “Eles já trabalharam, já deram as aulas e a Prefeitura não pagou, o assunto virou uma queda de braço interna”, contou Roselei.

Várias reuniões foram provocadas até que no dia 2 de março, em reunião solicitada por Roselei junto às Secretarias de Governo, Fazenda, Gestão de Pessoas e Educação e a Comissão do Sindspam, ficou acertado que o pagamento seria efetuado sob as mesmas condições dos últimos anos. “Infelizmente isso não aconteceu até o momento, os professores estão prejudicados e a pressão é para que assinem um novo contrato”, observou.


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