19/10/2023 às 14h40min - Atualizada em 19/10/2023 às 14h40min

Júri condena a mais de 30 anos de prisão os assassinos de prefeito de Ribeirão Bonito

Sentença foi definida na noite de quarta-feira (18) durante o julgamento que durou dois dias. Chiquinho Campaner foi morto com quatro tiros em 2019.

Portal g1 São Carlos
Prefeito de Ribeirão Bonito, Francisco José Campaner (PSDB), foi assassinado em estrada de terra (Foto: Reprodução EPTV)
A Justiça condenou a 30 anos e oito meses de prisão os assassinos do prefeito de Ribeirão Bonito (SP) Chiquinho Campaner. A sentença foi definida na noite de quarta-feira (18) durante o julgamento que durou dois dias. Campaner foi morto com quatro tiros em uma emboscada em uma estrada rural, em 26 de dezembro de 2019.

O empresário Manuel Bento Ribeiro Santana da Cruz e o vigilante Cícero Alves Peixoto devem cumprir a penas inicialmente em regime fechado.
O advogado assistente de acusação Arlindo Basílio disse que, com o resultado da condenação, tanto ele quanto a família entenderam que Justiça foi feita.

Procurado, o advogado Roquelaine Batista dos Santos, que defende o vigilante, informou que vai recorrer da sentença. O g1 ainda não conseguiu contato com a defesa do empresário.

Julgamento

O julgamento começou na terça-feira (17), no Fórum da cidade, e se estendeu até o início da noite, quando foi suspenso e retomou às 9h de quarta. No primeiro dia foram ouvidas as testemunhas e os réus.

Em seu depoimento, o chefe de Gabinete, Edmo Marchetti, que estava no carro com o prefeito, contou que quando Campaner diminuiu a velocidade numa curva, um homem encapuzado se aproximou, pediu a carteira pro prefeito e deu vários tiros.

Nesta quarta foram realizados os debates entre promotoria e os advogados de defesa.
 
A decisão da condenação foi dada pelo juiz Victor Trevisan Cove após os sete jurados considerarem os réus culpados.
 
O crime

O prefeito, conhecido como Chiquinho Campaner, foi assassinado a tiros aos 57 anos de idade. Uma das duas pessoas que estavam com ele foi ferida na mão.
 
O crime aconteceu em uma estrada de terra na zona rural, na entrada do município. Campaner estava em um carro acompanhado do chefe de gabinete, Edmo Gonçalo Marchetti, e do amigo Ary Santa Rosa.
 
O prefeito morreu no local atingido por quatro tiros. Os homens que estavam com ele foram socorridos atendidos no hospital.
 
Imagens de câmeras de segurança mostraram que o carro do prefeito havia sido seguido por um veículo com placa de São Paulo, dirigido por Peixoto, que foi preso e confessou a participação no crime.
 
Ele acusou o empresário de ser o mandante. O motivo seria a insatisfação com o cancelamento de um contrato verbal de transporte escolar do município e a falta de pagamento de serviços prestados à prefeitura.
 
Ele se entregou no dia seguinte ao crime e negou envolvimento no assassinato. Depois admitiu que estava no local do crime.
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