17/08/2022 às 15h13min - Atualizada em 17/08/2022 às 15h13min

Representante de empresa diz em CPI ter sido recebido pela primeira-dama

A intermediação foi feita por um servidor, diante da fragilidade na saúde do prefeito Airton Garcia.

Representante de empresa diz em CPI ter sido recebido pela primeira-dama
Em uma nova rodada de depoimentos na CPI aberta pela Câmara para investigar possível interferência política em uma licitação, os vereadores ouviram o representante da SBR Soluções em Beneficiamento de Resíduos. Sérgio Ricardo Rocha Borges, procurador da empresa, afirmou ter sido recebido pela primeira-dama Rosária Mazzini Cunha em seu consultório para “tratar de dúvidas da licitação”. A intermediação foi feita por um servidor, diante da fragilidade na saúde do prefeito Airton Garcia.

As oitivas aconteceram nesta manhã de quarta-feira (17), no plenário da Câmara Municipal, Borges foi o primeiro a ser ouvido.
O empresário disse, ainda, que estranhou o fato de a administração são-carlense ter estimado alto valor para a destinação de entulhos e resíduos da construção civil. A gestão Airton Garcia calculou R$ 53 milhões para 60 meses de contrato.

“Vamos subentender que esse dinheiro daria para fazer 60 meses e estavam licitando para 12”, disse Borges ao presidente da CPI, vereador Paraná Filho.

Borges afirmou não ter tido contato com Eric Mazzini Cunha, tampouco com José Pires, chefe de gabinete do prefeito Airton Garcia, conhecido como Carneirinho.

O representante da concorrente disse ainda que buscou o Tribunal de Contas. Ele declarou ter ficado inconformado com a inabilitação da empresa. A Prefeitura de São Carlos considerou a companhia, que é uma das três primeiras colocadas no ranking nacional de serviços de reciclagem e destinação de resíduos, inapta a realizar o serviço na cidade.

A licitação em questão é uma concorrência pública que prevê terceirizar a destinação de entulho da construção civil e resíduos de podas de árvores. Ao vencedor, seriam confiados R$ 53 milhões em recursos públicos ao longo de cinco anos.

O certame terminou 'fracassado' e teve seu fim decretado por ordem do prefeito Airton Garcia que viu 'não haver mais interesse público' na contratação. Ocorre que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia dado puxão de orelha na administração para resolver irregularidades na destinação de entulho em São Carlos.

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