14/08/2022 às 09h04min - Atualizada em 14/08/2022 às 09h04min

Festa de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia volta após dois anos

Evento deve reunir cerca de 20 mil fiéis depois de dois anos suspenso por conta da pandemia do coronavírus

Festa de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia volta após dois anos (divulgação)
Depois de dois anos suspensa por conta da pandemia do Coronavírus, será realizada nesta segunda-feira (15), feriado municipal a Festa de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia com a celebração de 11 missas além de intensa programação de lazer durante todo o dia.

As comemorações se iniciaram na sexta (12) com a realização do tríduo com uma missa que foi  celebrada pelo padre Camilo Júnior, da TV Aparecida. No sábado foi a vez de Dom Eduardo Malaspina, bispo auxiliar da Diocese de São Carlos comandar a missa.

O tríduo se completará neste domingo, às 16h, com a missa celebrada pelo padre José Antônio, de Dourado (SP).
Nesta segunda-feira, Dia de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, as missas começam logo às 3h e prosseguem às 4h30, às 6h, às 7h30, às 9h, às 10h30, às 12h, às 13h30, às 15h, às 16h30 e às 18h. No total serão 11 celebrações seguidas em louvor à Aparecida da Babilônia.

O padre Everton Luchesi, reitor do Santuário Diocesano de Aparecida da Babilônia, informou que além das missas haverá, no local, várias atrações para os visitantes, como ampla praça de alimentação, food truck, playground para as crianças e outras. “A família pode vir manifestar sua fé e passar o dia todo na Aparecidinha. Também teremos no local um estacionamento com 50 seguranças e para isso o visitante pagará apenas R$ 5”, explicou.

Peregrinos

Padre Everton fez um apelo aos fiéis que irão a pé até o santuário, para que eles evitem caminhar pela rodovia Dr. Paulo Lauro (SP-215) e sigam até a Aparecidinha pelo percurso do Caminho da Fé. São cerca de 11 quilômetros por estrada de terra e sinalizada sem riscos aos peregrinos.

Padre Everton Luchesi ressalta que a expectativa do retorno do evento é muito grande e que são esperados cerca de 20 mil pessoas. “Os fieis voltarão para a casa da Mãe. O fluxo de pessoas por aqui tem aumentado muito, tantos nas missas dominicais e também durante a semana”, destacou.
Ônibus
 
HISTÓRIA

De acordo com a tradição, em agosto de 1866, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada intacta sob uma árvore após um grande incêndio na área rural chamada Fazenda Babilônia, localizada no km 136 da Rodovia Doutor Paulo Lauro (SP-215), que liga São Carlos a Descalvado.

Para comemorar o milagre, o Santuário Nossa Senhora Aparecida da Babilônia foi construído no local, recebendo, anualmente, peregrinos da região que caminham mais de 15 km durante a madrugada do dia 15 como forma de agradecimento e fé.

O Santuário de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia, é uma pequena igreja rural que guarda a imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. A tradição diz que a imagem foi encontrada intacta sob uma árvore após um incêndio destruidor no bairro da Babilônia.

A capela foi construída no local, que hoje recebe romarias e procissões ao longo do ano. O local só existe, porque a população local sempre acreditou que a imagem intacta de Nossa Senhora, encontrada sob uma árvore após um incêndio, foi um sinal divino.

O local onde está o Santuário fez parte de uma sesmaria, com dois mil alqueires de terra, da antiga Fazenda Babilônia, que pertencia ao Coronel José Ferreira de Figueiredo. Naquela fazenda existia uma mata de 10 alqueires que no mês de agosto sofreu com um incêndio no ano de 1866.

Depois que o fogo acabou as pessoas perceberam que sobrou apenas uma única arvore, verdinha, sem nenhum sinal de que o fogo chegou perto dela. Isso chamou a atenção das pessoas locais, que chegando próximo à árvore viram que havia uma imagem de Nossa Senhora da Conceição nos galhos. Todos acreditaram que aquilo era um sinal de Deus e começaram a visitar o local, onde foi construída uma capelinha de pau a pique.

O Coronel, dono das terras, não gostava daquela romaria em sua fazenda e por várias vezes tentou dificultar o acesso das pessoas ao local. Os desentendimentos só terminaram quando a Diocese de São Carlos conseguiu adquirir o local, em 1938, mais de 60 anos após o incêndio ter ocorrido.

A filha do coronel que era o dono das terras, Maria Nazaret Figueiredo Davidofi, disse que sua mãe se interessou pela história e construiu uma capelinha no lugar onde estava a árvore que resistiu ao incêndio. Porém, a imagem de Nossa Senhora, encontrada na árvore após o incêndio não é a mesma que está no Santuário hoje. A imagem original foi quebrada por uma criança e o Bispo da época, Dom Gastão, mandou buscar uma nova imagem em Aparecida do Norte e é essa que está no Santuário.

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