22/07/2022 às 11h34min - Atualizada em 26/07/2022 às 11h34min

Já não tem mais como esconder, a guerra foi deflagrada

A relação entre a Câmara e Prefeitura vem sofrendo desgastes diários em função de várias denúncias

Da redação

A sessão extraordinária desta quinta-feira (21), serviu para escancarar de vez a guerra anunciada na semana passada entre os poderes Legislativo e Executivo de São Carlos. O que antes vivia escondido nos bastidores, nos últimos dias se tornou explicita. A relação entre a Câmara e Prefeitura vem sofrendo desgastes diários em função de denúncias de corrupção envolvendo integrantes do governo e até denúncias de ameaças recebidas por vereadores.

Rasgaram o verbo

Na sessão de ontem os vereadores Marquinho Amaral (Podemos) e Paraná Filho (PSB), rasgaram o verbo contra a administração Airton Garcia. Outros vereadores, como Raquel Auxiliadora (PT), Lucão Fernandes (MDB) e Professora Neusa (Cidadania) também criticaram o governo municipal.

Limpar cocô

Marquinho Amaral disse em alto e bom som na Tribuna que a Câmara deveria parar de “limpar o cocô” do atual governo. Segundo Marquinho, pessoas da Prefeitura acusam os vereadores de criarem o caos em setores da gestão.

Ciumeira?

A irritação dos parlamentares é que alguns assessores próximos ao Prefeito estarem tomando as decisões que caberiam ao chefe do Executivo municipal. E isso acontece em função dos problemas de saúde de Airton Garcia.

O medo tem nome

A prefeitura tenta esconder de todas as formas, mas a cada dia fica mais evidente que Airton “precisa” se afastar para cuidar da sua saúde. Só que esses “assessores” não querem de jeito nenhum. E esse receio tem nome: Vice-prefeito Edson Ferraz.  

Só depois

A internação do prefeito ocorrido essa semana por exemplo, só chegou a conhecimento da população, após o fato ser dito pelo vereador Paraná Filho durante a sessão desta quinta-feira. A informação já corria nos bastidores no dia anterior, mas ninguém deu um pio sobre o assunto.

Blindagem já era

Tentaram durante todo esse tempo “blindar” a primeira dama Rosária, mas depois das entrevistas que ela concedeu a alguns órgãos de imprensa em decorrência da CPI para investigar possíveis atos de improbidade administrativa cometidos por integrantes do alto escalão do governo, em possível direcionamento de uma licitação de R$ 53 milhões e das declarações feitas ontem pelo vereador Marquinho Amaral na Tribuna da Câmara, ficará difícil a partir de agora.  

Combalido e Ávidos

O grande problema dessa “guerra” é que de um lado temos um general combalido cercado de tenentes que se acham generais e do outro 21 coronéis ávidos, cada um deles com os seus interesses e dispostos a qualquer coisa.

Impugnação

O vereador Paraná Filho, está pedindo a impugnação da licitação que tem por objeto a contratação de serviços especializados de fiscalização eletrônica de trânsito, cujo escopo refere-se à locação, implantação, operacionalização e manutenção de equipamentos de fiscalização eletrônica de trânsito, devidamente homologados pelo INMETRO, para coleta armazenamento, transmissão de dados e imagens/vídeos referentes ao controle de velocidade, demais infrações e reconhecimento automático de placas (OCR). O contrato segundo o edital teria vigência de 60 meses.

Pontuais

O pedido de impugnação apresenta questões pontuais que necessitam ser alteradas. O vereador cita que o edital viola de sobremaneira a regulamentação da Lei 10.520/2002, utilizando o Pregão Presencial em detrimento do Pregão Eletrônico, sem justificativa plausível e sem comprovação de inviabilidade técnica da realização da mesma.

Requerimento

O vereador também encaminhou requerimento a Prefeitura pedindo informações sobre essa contratação. “Qual a justificativa para a escolha da modalidade de Pregão Presencial, ao invés da modalidade de Pregão Eletrônico, nesta possível contratação de aproximadamente R$ 22.356.847,00 (Vinte e dois milhões, trezentos e cinquenta e seis mil, oitocentos e quarenta e sete reais), referente ao período do contrato de 60 (sessenta) meses?”, questiona.

Outra observação

Paraná cita ainda que o processo licitatório anterior, observou-se em edital que o valor máximo a ser aplicado na contratação era de R$ 1.670.151,56, e no atual processo referente ao edital n°013/2022, o valor máximo é de R$ 4.471.369,40. Qual seria a justificativa?

O caos vem aí

Circula com certa preocupação entre os servidores da saúde a notícia de que a partir de segunda-feira a população não terá atendimento de vários profissionais terceirizados da OMESC.

O caos vem aí II

A própria OMESC encaminhou aos seus colaboradores mensagem informando o encerramento do contrato com a Prefeitura de São Carlos, cujo objeto contemplava a mão de obra especializada em enfermagem, motorista, farmacêutico e administrativo. O contrato vence amanhã (23).

O caos vem aí III

O temor é de que a partir da segunda-feira o “caos” estará instalado na rede municipal da Saúde. O pior é que a Prefeitura sabia que iria acontecer e deixou para resolver o problema de última hora.

Estão dispostos

Só que os servidores da Urgência e Emergência estão dispostos a segurar o rojão de até uns 15 dias se a Prefeitura cumprir o papel dela que é o de acelerar as contratações de alguns profissionais de concursos abertos, isto é, aguardando serem chamados. Tudo isso para evitar que entre outra terceirizada na área.

Aprovado

Na sessão extraordinária desta quinta-feira os vereadores aprovaram por 12 votos favoráveis a 4 contrários ao projeto que libera R$ 9,4 milhões para a contratação de médicos terceirizados. A maioria dos vereadores criticou o projeto que aprofunda a terceirização da saúde pública em São Carlos.

Só piora

Já repararam a bagunça que está a saúde municipal? Sempre foi uma pasta complicada, mas de uns anos para cá só piora. É caos, atrás de caos, até quando isso?

Sumiu

Dá para acreditar que o documento em que vereadores pediram a abertura da CPI que investigará a "influência indevida" de pessoas do alto escalão do governo Airton sumiu? Houve correria nos bastidores e pedido para que a situação seja investigada pela Casa. Sindicância vai apurar o caso. A suspeita é que o documento desapareceu entre 15h30 e 16h10, em plena sessão ocorrida na quarta-feira passada. É cada uma que acontece nessa Câmara também...

Afastamento

O vereador Dé Alvim (Solidariedade) comunicou que, nos próximos dias, deverá se licenciar do mandato para se dedicar à campanha de deputado estadual. Em seu lugar, assume a suplente, Professora Ana Paula Vaz. Tá confiante o rapaz hein...

Chama o VAR

E ontem durante a votação do projeto que liberou R$ 9,4 milhões para a contratação de médicos terceirizados, ocorreu uma cena típica a de que acontece nos jogos do Brasileirão. Quando o presidente Roselei estava pronto para comemorar (aprovar) o gol, isto é, colocar em votação o projeto, o VAR chamou.

VAR II

Como assim? Explico. O vereador Paraná pediu a palavra e disse que o projeto a ser votado, poderia estar idêntico ao projeto com o mesmo conteúdo, que foi rejeitado na sessão da quarta-feira passada. Sendo assim, o atual não poderia mais ser votado nesse ano.

Dor de barriga

Aí ferrou, Roselei e a mesa diretora ficou na dúvida e a sessão precisou ser suspensa. Mas graças ao VAR que revisou o “lance” por inúmeras vezes e inúmeras ligações no celular do diretor da Câmara Rodrigo Venâncio, chegou-se à conclusão que o projeto continha algumas mudanças com o projeto anterior, sendo assim o lance foi normal Arnaldo, ops, digo Roselei e o gol foi legal.

Bom final de semana

Às vezes o trem da vida precisa mudar de trilhos pra que você conheça novos caminhos; mas tenha sempre muito cuidado, pois nem sempre ele te levará para os melhores lugares! Fale conosco: [email protected]


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