12/07/2022 às 19h31min - Atualizada em 12/07/2022 às 19h31min

São Carlos e Ribeirão Preto lançam Comitê Regional de Luta

O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Carlos União

Erika Cristina / Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté

Lideranças sindicais e de organizações populares lançaram nesta terça-feira (12) o Comitê Popular Regional de Luta de São Carlos e Ribeirão Preto. Diante da contínua crise política e econômica e dos constantes avanços contra os direitos, o principal objetivo do comitê regional, envolvendo as cidades paulistas, é organizar e reunir a sociedade e, a partir disso, traçar ações conjuntas que possam trazer melhorias à vida da população brasileira. 

O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Carlos, à Rua dos Ferroviários, 81, Vila Prado, no município de São Carlos. 

A atividade contou com a participação de entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), além de movimentos sociais e representantes das Promotoras Legais Populares (PLP), de partidos políticos e de sindicatos de diferentes categorias. 

Presidenta da CUT São Paulo, Telma Victor destacou a unidade entre as entidades e informou que, até o final de julho, serão lançados 11 comitês regionais no estado paulista que terão entre suas tarefas a ampliação de comitês locais. 

A dirigente também falou sobre o papel dos governos federal, estaduais e municipais na garantia das políticas públicas e do serviço público. “Há recursos para saúde, moradia, transporte, educação e tantas outras áreas. Mas o que vemos é o desmonte completo desses serviços”, criticou. 

Metalúrgico e coordenador da subsede da CUT-SP em São Carlos, Edinaldo Ferreira lembrou que novos comitês serão também lançados nos municípios de Araraquara, Matão, Taquaritinga, Porto Ferreira, Ibaté, Descalvado e outras cidades da região. 

“Precisamos olhar para as pautas que nos unificam diante desse Brasil desigual, que passa fome e vive a dura realidade do desemprego. Temos de fortalecer o diálogo com a sociedade e ampliar a organização a partir dos comitês.” 

O coordenador da subsede da CUT-SP em Ribeirão Preto, Edson Carlos Fedelino, acrescentou entre os desafios da região o enfrentamento ao agronegócio e às formas de comunicar da mídia comercial. 

“Precisamos explicar aos trabalhadores sobre as reformas Trabalhista, da Previdência e todas as retiradas de direitos que têm sido promovidas. Em outubro, temos que eleger candidatos do campo progressista, que defendam os direitos trabalhistas e sociais, principalmente diante dos ataques contra a democracia”, avaliou. 

Segundo o dirigente, estão previstos os lançamentos de 15 comitês locais em cidades como Sertãozinho, Franca e Serrana. 

O desafio maior diante do cenário político é reverter a retirada de direitos promovida pelo atual governo federal, como apontou o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Lápis, Canetas, Químicas, Farmacêuticas, Material Plástico, Tintas e Vernizes de São Carlos e Região, Erosnei Carvalho, mais conhecido no movimento sindical pelo apelido de ‘Pardal’. 

“Estamos falando da reconstrução do Brasil, desse governo que eu me recuso a falar o nome. Temos que ter paciência e unidade para conseguir fazer essa luta”, disse. 

Ao lado de ‘Pardal’, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Sertãozinho e tesoureiro-adjunto da UGT-SP, Jonathan Faleiros, falou também sobre a reconstrução de um Brasil com igualdade e justiça social. 

Em ano de eleição, diante do plenário, ele afirmou que “o país precisa de um governo para todos e não para poucos”. 

Desde a madrugada 

O lançamento do Comitê Regional de Luta de São Carlos e Ribeirão Preto também foi marcado por mobilização e assembleia desde as 5h20 desta terça-feira (12), em atividade na planta 2 da fábrica Tecumseh do Brasil, no bairro Jardim Jockey Club. 

A CUT-SP e sindicatos da região entregaram materiais informativos e dialogaram com cerca de 700 trabalhadoras e trabalhadores que chegavam para o primeiro turno de trabalho do dia. 

“A classe trabalhadora não apenas perdeu poder de compra e direitos no atual governo federal como convive com o aumento da fome e da pobreza. O resgate dos valores democráticos é urgente, assim como promover a paz e o diálogo”, afirmou o secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans. 

Na porta da fábrica, o secretário de Comunicação da CUT-SP, Belmiro Moreira, lembrou que está nas mãos de cada brasileiro o futuro do país. 

“Nos últimos anos, temos sofrido com aumento do custo de vida, com empregos precários e a miséria. Em outubro, podemos mudar a página da história do Brasil. Se queremos um futuro melhor para nossos filhos e nosso país, isso depende apenas de cada um de nós”, finalizou.


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