28/06/2022 às 19h38min - Atualizada em 28/06/2022 às 19h38min

Sesc São Carlos recebe o novo trabalho do Grupo Maria Cutia “Auto da Compadecida”

Companhia celebra a primeira parceria com o consagrado diretor, na montagem de releitura da obra de Ariano Suassuna, a apresentação no Sesc São Carlos s Dia 30

Tati Motta

A montagem do grupo Maria Cutia, “Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna, celebra a primeira parceria com o diretor Gabriel Villela. O espetáculo teve sua estreia em 2019 na Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto e depois foi apresentado no FIT Rio Preto - Festival Internacional de São José do Rio Preto, Festival Nacional de Teatro de Passos (MG), Festivale (São José dos Campos) e Fentepp (Presidente Prudente). Após temporada no Sesc Pompeia de São Paulo e no Sesc Palladium de Belo Horizonte com ingressos esgotados, a circulação do espetáculo foi interrompida pela pandemia do Covid-19 retomando os palcos em 2022.

Inspirado na abordagem mítica brasileira do herói sem caráter, com suas vicissitudes morais, e no momento político-social atual do país, o Maria Cutia narra, em cena, as aventuras picarescas de Chicó e João Grilo que começam com o enterro e o testamento do cachorro do Padeiro e de sua Mulher e acabam em uma epopeia milagrosa no sertão envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo.

Nessa versão de Auto da Compadecida, o grupo, em alquimia com a direção de Gabriel Villela, traz para o texto de Suassuna pitadas brechtianas. Com tom irônico, o trabalho pode ser enquadrado no gênero cênico-musical-picaresco. O olhar político (sem didatismo ou partidarismo) do espetáculo, desprendido do enredo criado pelo célebre autor paraibano, traz outra camada para a obra de Ariano, revelando acontecimentos de um Brasil atual, a partir de personagens e situações que ganham acento ainda mais sarcástico do que os encontrados na dramaturgia original.

FICHA TÉCNICA

Grupo Maria Cutia de Teatro

Texto de Ariano Suassuna

Concepção e Direção Geral de Gabriel Villela

Elenco:

Leonardo Rocha – João Grilo

Hugo da Silva – Chicó e Severino do Aracaju

Mariana Arruda – Mulher do Padeiro e Nossa Senhora Compadecida

Dê Jota Torres – Palhaço, Padeiro e Manuel (Nosso Senhor Jesus Cristo)

Thiago Queiroz – Sacristão

Marcelo Veronez – Padre João e O Diabo

Polyana Horta – Antônio Morais e O Bispo

Concepção e Direção: Gabriel Villela

 

 

 

Assistente de Direção: Lydia Del Picchia

Preparação Vocal: Babaya

Direção Musical: Babaya, Fernando Muzzi e Hugo da Silva

Cenário e Figurino: Gabriel Villela

Assistente de Figurino: José Rosa

Coordenação do Ateliê Gabriel Villela: José Rosa

Pintura de Arte: Rai Bento

Iluminação: Richard Zaira e Pedro Paulino (CiaTecno)

Consultoria de Sonorização: Vinícius Alvs

Fotografia: Tati Motta

Produção: Lucas Prado e Aris Serranegra

Coordenação Produção: Luisa Monteiro - Grupo Maria Cutia

SINOPSE

As aventuras picarescas de Chicó e João Grilo que começam com o enterro e o testamento do cachorro do Padeiro e de sua Mulher e acabam em uma epopeia milagrosa no sertão envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo.

GRUPO MARIA CUTIA DE TEATRO

Companhia de teatro que nasceu em Belo Horizonte, em 2006, e desde então apresenta seus espetáculos em praças, parques e ruas de Minas Gerais, do Brasil e do mundo. Nos últimos anos, aventurou-se em produções criadas para palcos, adaptou suas obras de rua para teatros fechados.

Como frentes de pesquisa artística, o grupo trabalha com o diálogo entre música e teatro, numa investigação autoral que denomina música-em-cena. Em todos os seus espetáculos, a trilha é executada ao vivo pelos atores, em uma pesquisa que alia dramaturgia à canção.

Em 2019, o Grupo Maria Cutia estreia o espetáculo Auto da Compadecida de Ariano Suassuana com Gabriel Villela para ruas e palco. Além dessa montagem a companhia tem ativos em seu repertório 3 espetáculos de teatro de rua e de grupo (também possíveis de serem encenados em palcos de teatros), dois shows cênicos e um espetáculo de palco, solo do ator Leonardo Rocha, com direção de Eduardo Moreira.

Ao partir de diferentes linguagens - do jogo do palhaço, das máscaras expressivas, do ator brincante, do cancioneiro de Chico Buarque, dos textos clássicos da dramaturgia ou de uma dramaturgia original criada em processo colaborativo – cada espetáculo foi elaborado de uma forma distinta, mas sempre pensado com um olhar especial e atento para o seu espectador. Desta forma, o grupo busca um teatro amplo, autoral, simples e com qualidade artística, que tem em seu público o principal interlocutor nas apresentações.

Em 2011 o Grupo Maria Cutia inaugurou sua sede, a Toca da Cutia, em Belo Horizonte. O espaço, que já recebeu oficinas, ensaios abertos, espetáculos e encontros com diversos artistas nacionais e internacionais, é o ambiente de pesquisa onde a Cia desenvolvem suas perscrutações estéticas sobre a música em cena e o teatro de rua, além das máscaras expressivas e da linguagem do palhaço. Na Toca da Cutia, acontecem também treinos e cursos de formação em palhaçaria ministrados pelos artistas do Maria Cutia.

O Grupo Maria Cutia já se apresentou em 6 países, 19 estados nacionais totalizando mais de 150 cidades brasileiras, para um público superior em mais de 400 mil espectadores em seus 13 anos de história.

 Serviço:

Data: dia 30 de junho, quinta-feira.

Horário: 20h.

Ingressos: R$ 30,00 (inteira); R$ 15,00 (meia); R$ 9,00 (credencial plena). Lugares limitados.

Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP


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