22/06/2022 às 09h33min - Atualizada em 22/06/2022 às 09h33min

Lançamento de livro marca a abertura do projeto “A Semana de 100 Anos” em São Carlos

O Sesc - Serviço Social do Comércio São Carlos e o Instituto Mário de Andrade (IMA) dão início à programação que vai até dezembro Contribuinte da Cultura

As Edições Sesc lançam o livro “Mário de Andrade, epicentro: sociabilidade e correspondência no Grupo dos Cinco”, do sociólogo e pesquisador Mauricio Trindade da Silva. A obra traz um novo olhar sobre o grupo que promoveu a Semana de Arte Moderna e as relações entre seus integrantes. Em São Carlos, o lançamento marca a abertura do projeto “A Semana de 100 Anos”, programa comemorativo do Centenário da Semana de 22, realizado pelo Instituto Mário de Andrade (IMA) e Projeto Contribuinte da Cultura, com apoio do Sesc São Carlos e entidades parceiras. A programação inclui exposições, instalações, exibições audiovisuais, apresentações artísticas e encontros formativos, que acontecerão ao longo do segundo semestre, na cidade.

O lançamento acontece no dia 23 de junho, às 19h30, no Sesc São Carlos, com um bate papo do autor com o pesquisador e professor Pedro Varoni.

Para Fátima Camargo, presidente do IMA e do Projeto Contribuinte da Cultura "Não poderia haver maneira mais feliz para marcar a abertura da  Semana de 100 Anos, tanto pela importância da obra Mário de Andrade, epicentro e pela oportunidade do contato presencial com o autor, Mauricio Trindade da Silva, quanto pelo significado desse evento e da parceria com o Sesc na história do Projeto Contribuinte da Cultura. É uma honra para o IMA."

SOBRE O AUTOR

Mauricio Trindade da Silva é graduado, licenciado, mestre e doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo. Desde 2005 trabalha no Serviço Social do Comércio em São Paulo (Sesc SP), atualmente ocupando o cargo de gerente adjunto no Centro de Pesquisa e Formação – CPF.

A obra analisa o papel de Mário de Andrade no chamado Grupo dos Cinco, que reunia também as pintoras Anita Malfatti e Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. O grupo vanguardista foi o motor do movimento que, a partir de 1922, contribuiu para renovar a arte e a cultura no Brasil. O autor de Macunaíma, Mário de Andrade, era o epicentro desse grupo. Com enfoque sociológico, o autor descreve, por meio de correspondência e outros documentos desses modernistas, os pontos de vista, as contradições e paixões, os afetos e a ampla atuação de Mário no contexto cultural dos anos 1920 a 1940.

Segundo Danilo Santos de Miranda, Diretor do Sesc São Paulo, “o enfoque sociológico adotado pelo autor promove uma visão abrangente tanto do período, marcado pela busca da renovação artística e da modernização da cultura brasileira, quanto desse agente comprometido, se não obstinado, com as pesquisas em torno das linguagens expressivas e, ainda, com políticas culturais de caráter inovador.”

No prefácio, Sérgio Miceli, sociólogo, professor titular da Universidade de São Paulo (USP) e orientador da pesquisa de doutorado de Maurício Trindade no Programa de Pós-Graduação de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, afirma que o principal feito do autor foi “depreender sentidos inesperados nas cartas de Mário de Andrade e de seus interlocutores, advindos da feição relacional no diálogo entre vozes em surdina”.

Mário de Andrade como protagonista do movimento modernista

A obra busca ampliar a compreensão da centralidade de Mário de Andrade na constituição do modernismo brasileiro, seu papel influenciador e fomentador de obras e da própria cultura brasileira. Mais do que líder, o escritor, pesquisador e gestor cultural paulista é tomado, neste trabalho, como “epicentro” do movimento cultural e estético do início do século XX. Deslocando o foco que geralmente se concentra nas obras de Mário de Andrade, a obra busca promover uma articulação entre a produção literária do escritor e sua ampla atuação no contexto cultural dos anos 1920 a 1940.

O primeiro capítulo esmiúça as formas como Mário de Andrade assumiu o protagonismo do movimento modernista. Os capítulos seguintes se aprofundam nos “lundus”, encontros na casa do líder na rua Lopes Chaves, na Barra Funda, na história familiar e atuação de Mário, e na correspondência dele com as artistas plásticas, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral. Já a partir do quarto capítulo, a temperatura esquenta com a polêmica entre Mário e Oswald e o rompimento dos dois. Oswald também tem sua trajetória familiar e artística examinada. A Conclusão discorre sobre as dissensões que acabaram desfazendo o Grupo dos Cinco. 

SERVIÇO

Lançamento do livro  “Mário de Andrade, epicentro: sociabilidade e correspondência no Grupo dos Cinco” - Autor: Mauricio Trindade da Silva - Edições Sesc São Paulo, 2022

Abertura do projeto “A Semana de 100 Anos”, programa comemorativo do Centenário da Semana de 22 do IMA / Projeto Contribuinte da Cultura

Dia 23 de junho, quinta-feira, às 19h30

Bate papo do autor Maurício Trindade e Pedro Varoni

Sesc São Carlos

Av. Comendador Alfredo Maffei, 700

Jardim São Carlos

São Carlos – SP

 

 


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