03/05/2022 às 20h59min - Atualizada em 03/05/2022 às 20h59min

Sesc São Carlos tem programação em celebração ao Centenário da Semana de Artes Moderna de 1922

O Sesc São Carlos preparou em 2022, atividades em celebração ao Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e ao Bicentenário da Independência do Brasil (1822). Atividades

O centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência do Brasil carregam muitos significados e simbolismos, tanto no cerne daquilo a que se propunham, quanto nas questões que não couberam no bojo das reflexões, seja de forma intencional ou por descuido de olhares unilaterais da história.

Nesse sentido, cabem as perguntas: quais vozes ficaram de fora desses movimentos? Quantas são essas vozes que permanecem à margem, justamente, por estarem excluídas de tais debates e projetos de país? De que outras maneiras essas vozes diriam, narrariam, pensariam nossa história e arte? 

Diversos 22 – Projetos, Memórias, Conexões no Sesc São Paulo

Com atividades artísticas e socioeducativas on-line e presenciais, a ação em rede acontece nas unidades na capital, interior e litoral do estado de São Paulo. A ação pretende trazer reflexões em torno dos projetos, memórias e conexões relativos à efeméride, no sentido de discuti-los, aprofundá-los e ressignificá-los, diante dos desafios apresentados atualmente.

A abertura aconteceu com o seminário on-line Diversos 22: Levantes Modernistas, nos dias 28 e 29 de setembro de 2021, realizado pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc. O Seminário reuniu 20 acadêmicos, artistas, pensadores, filósofos e pesquisadores, entre eles, Danilo Santos de Miranda, Lilia Moritz Schwarcz, Marcelo Pretto, Marilena Chauí, Rodrigo Caçapa, Sergio Vaz e Zélia Duncan, e teve curadoria do professor Francisco Alambert e da equipe do CPF Sesc.

A ideia foi pensar o significado da Semana no século de seu centenário, na abordagem das comemorações e críticas feitas a ela ao longo desses anos. A pergunta principal que norteia o seminário é: “O que a Semana e o modernismo têm a dizer sobre 2022?”.

Conta ainda com seminários e cursos, festivais, programas musicais e audiovisuais, exposições artísticas e documentais, espetáculos em diferentes linguagens, publicações e reedições de obras literárias, com o objetivo de refletir criticamente sobre as movimentações instauradas por esse evento histórico, direcionando um olhar para as inquietações e urgências do presente, tendo em vista os atuais projetos de Brasil. 

O diretor do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, destaca que “a Semana de Arte Moderna, década após década, permanece como um acontecimento marcante para a história cultural brasileira, principalmente na consideração de um experimentalismo e de uma liberdade criativa que foram sendo cada vez mais afirmados nos procedimentos culturais. Esta efeméride de 100 anos da Semana – e, na sequência, de 200 anos da Independência – constitui, portanto, oportunidade única para realizarmos uma reflexão profunda sobre o que somos, sobre como o passado se relaciona com o presente e nosso papel enquanto agentes culturais que constroem futuros possíveis (e utópicos)”. 

No Sesc São Carlos

Para abrir a programação do projeto Diversos 22 na unidade, o Sesc São Carlos propõe uma mesa de debate “Vozes contra o desencanto” com Denilson Baniwa e Erica Malunguinho, pessoas que em suas atuações públicas representam formas de apreender a vida mais capazes de transgredir, driblar, alargar e encantar mentalidades e paradigmas ocidentalizados e ocidentalizantes, nos oferecendo outros projetos possíveis de brasis. 

Para a mediação dessa mesa, buscou-se uma pessoa que possuísse relação com o território e que transitasse nesses campos de saberes, estando apropriada para amarrar as questões relacionadas à Semana de Arte Moderna e a historicidade da Independência do Brasil, o professor Ruy Sardinha Lopes.

Programação Sesc São Carlos

Cinema e Vídeo

exibição

Memórias Afro-atlânticas

Brasil. 2019. Cor. Dir.: Gabriela Barreto. Dur.: 76 min. Documentário.

Esse documentário segue os passos do linguista afro-americano Lorenzo Turner (1890-1972) em suas pesquisas conduzidas na Bahia no início da década de 1940. Ao longo de meses de trabalhos em terreiros de candomblé, Turner produziu preciosos registros em áudio e fotografias, retratando a experiência linguística de personalidades religiosas. Apresentando imagens e sons raros, é revisitado os terreiros de candomblé registrados por Turner em busca de memórias e remanescentes ainda vivos, quase 80 anos depois.

Dia 4/5, quarta, às 20h.

Teatro. Grátis - Retirada de ingressos na Central de Atendimento, com 1 hora de antecedência. 2 ingressos por pessoa. Lugares limitados. 14 anos

https://www.youtube.com/watch?v=59b05VTcW5c

 

Teatro

espetáculo

Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens

Com Jé Oliveira e banda

Um tributo ao legado dos Racionais Mc's

A obra busca uma relação íntima com o público por meio da palavra falada e cantada e, para isso, utiliza-se da construção poética da presença cênica. Paisagens sonoras e imagéticas se materializam por meio do ato de contar, expor, refletir e dialetizar a experiência de ser negro na urbanidade.

Dia 6/5, sexta, às 20h.

Teatro.

Ingressos: R$ 30,00 inteira / R$ 15,00 meia entrada / R$ 9,00 credencial plena

Venda de ingressos

80 min

16 anos

 https://www.youtube.com/watch?v=0Zlkhti0jG0

 

Duo Iorubá

O Canto da África

O Duo Iorubá, formado por Larissa Pedrosa e Daniel Antonio, apresenta esse trabalho com o intuito de proporcionar uma breve reflexão histórica e musical sobre a relevância da cultura afro-brasileira.

O repertório escolhido contempla vissungos, jongos, pontos de macumba e sambas de roda e a instrumentação puramente vocal e percussiva, para mergulhar o público nas profundezas rítmicas, vocais e poéticas da nossa mãe África.

Dia 12/5, quinta, às 18h50.

Foyer do teatro.

Grátis.

 

Vozes contra o desencanto

Com Denilson Baniwa e Érica Malunguinho. Mediação de Ruy Sardinha

Esse encontro colabora com tais discussões a partir da troca com pessoas que em suas atuações públicas representam formas de apreender a vida mais capazes de transgredir, driblar, alargar e encantar mentalidades e paradigmas ocidentalizados e ocidentalizantes, nos oferecendo outros projetos possíveis de brasis. Com tradução em Libras

Denilson Baniwa - é um artista indígena; é indígena e é artista, e seu ser indígena lhe leva a inventar um outro jeito de fazer arte, onde processos de imaginar e fazer são por força intervenções em uma dinâmica histórica (a história da colonização dos territórios indígenas que hoje conhecemos como Brasil) e interpelações a aqueles que o encontram a abraçar suas responsabilidades.

Erica Malunguinho - é artista e professora, Mestra em Estética e História da Arte. Tornou-se a primeira deputada trans eleita no Brasil, em 2018, com mais de 55 mil votos no estado de São Paulo. Nascida no estado de Pernambuco, vive em São Paulo há 21 anos. Antes de adentrar a política institucional, ela trabalhou na educação de crianças e adolescentes, com ampla atuação na formação de professores. Erica é conhecida por ter parido, na região central da cidade de São Paulo, um quilombo urbano de nome Aparelha Luzia, território de circulação de artes, culturas e políticas pretas, visível também como instalação estético-política, zona de afetividade e bioma das inteligências negras.

Ruy Sardinha Lopes - é doutor em Filosofia e professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, campus São Carlos (IAU-USP). É coordenador do Núcleo de Estudos das Espacialidades Contemporâneas (NEC-USP), onde pesquisa questões relacionadas à economia política, arte e cultura contemporâneas e economia criativa. É presidente do Conselho Deliberativo da Federação Brasileira das Associações Acadêmicas e Científicas da Comunicação (SOCICOM).

Dia 12/5, quinta, às 19h30.

 

Teatro. Grátis. (Com tradução em Libras). Retirada de ingressos na Central de Atendimento, com 1 hora de antecedência. 2 ingressos por pessoa. Lugares limitados. 16 anos

Sarau Rio de Cantos e Contos

Com o historiador de São Carlos, Paulo Sergio Martins e os músicos Alessandra Lopes e Maurício Tagliadello

Guiado pelo historiador de São Carlos, Paulo Martins, o projeto conta a trajetória da cidade brasileira mais conhecida no mundo, o Rio de Janeiro, falando do Choro, do Samba e da Bossa Nova, mediante acontecimentos históricos ocorridos em diversos períodos da cidade. Essa narrativa oral vem acompanhada de intervenções musicais realizadas por Alessandra Lopes no vocal e Maurício Tagliadello no violão sete cordas.

A proposta da atividade é relevante pois narra a trajetória de uma das cidades mais conhecidas no mundo em uma abordagem histórica, social e crítica ao ligar os cartões-postais a cultura do morro e subúrbio carioca. Com a participação de um historiador com ampla vivência na cidade do Rio de Janeiro e músicos profissionais possibilita um trabalho com embasamento teórico, prático e lúdico.   

Paulo Sergio Martins Pedro historiador e Guia de Turismo atuante na cidade do Rio de Janeiro desde 2010 em roteiros turísticos tematizados.

 Alessandra Lopes - Pedagoga e vocalista do grupo Lê Lopes e Seus Convidados com 18 anos de carreira artística.

Maurício Tagliadello - Formado em Violão 7 cordas pelo Conservatório Dramático de Tatuí com experiência de 13 anos entre Rodas de Choro e de Samba, integrante da Academia do Choro.

Dia 15/5, domingo, às 16h.

Galpão. Grátis. Retirada de ingressos na Central de Atendimento, com 1 hora de antecedência. 2 ingressos por pessoa. Lugares limitados.

Livre

Vídeo criado pelo SescSP para o Centenário da Semana de Arte Moderna

https://www.youtube.com/watch?v=LwPRnXxtwMc

Serviço:

Data: dias 4, 6, 12 e 15 de maio.

Local: Unidade São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700 – Jd. Gibertoni – São Carlos – SP


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