23/03/2022 às 09h00min - Atualizada em 23/03/2022 às 09h00min

MPF quer explicações da Rumo sobre possível vazamento de óleo em vagões abandonados em Araraquara

Empresa deve informar se produto contaminante tem escoado de carros que integram acordo firmado com o Ministério Público para esvaziar pátio Meio Ambiente

Foto arquivo Câmara Municipal de Araraquara

O Ministério Público Federal (MPF) cobrou explicações da Rumo Malha Paulista sobre o possível vazamento de óleo nos vagões em desuso que a empresa mantém há anos em um antigo pátio de manobras em Araraquara (SP). Notícias da imprensa local indicam que o escoamento do produto de alguns dos carros abandonados pode já ter contaminado o solo, colocando em risco lençóis freáticos. O MPF quer saber se o problema envolve composições listadas em um acordo judicial que a concessionária firmou em 2017 para dar a destinação correta aos veículos ferroviários.

O Ministério Público instaurou um procedimento específico sobre o assunto e pediu também à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) uma avaliação sobre os danos que teriam sido causados. Paralelamente, o MPF continua acompanhando o cumprimento das obrigações que a Rumo assumiu no acordo assinado cinco anos atrás e exigiu que a empresa preste informações sobre providências em atraso. O pátio, próximo ao centro da cidade, ainda abriga 50 vagões, muitos deles em estágio avançado de deterioração.

A Rumo tem o dever de apresentar relatórios semestrais sobre a destinação dos carros e as medidas de zeladoria no local, como os cortes periódicos do mato, o descarte de resíduos sólidos e a inspeção da área para evitar o acúmulo de água. O acordo judicial foi firmado no âmbito de uma ação civil pública do MPF contra a empresa, ajuizada em 2015. Boa parte das obrigações já foi cumprida, com a remoção de dezenas de vagões do pátio. Porém, os últimos dois relatórios revelaram poucos avanços.

O responsável pela ação do MPF contra a Rumo é o procurador da República Ígor Miranda da Silva. O número processual é 0006052-38.2015.4.03.6120. Já o número do procedimento instaurado para apurar o possível vazamento de óleo é 1.34.017.000018/2022-11.


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