09/08/2019 às 12h35min - Atualizada em 09/08/2019 às 12h35min

Justiça condena dois réus a 24 anos cada por morte de PM e um a 5 anos por extorsão

Crime aconteceu em fevereiro de 2018. Julgamento de 15h terminou na madrugada desta sexta-feira (9). Matão

Reprodução

Após 15 horas de julgamento, os três acusados de envolvimento na mortedo policial militar Paulo Sérgio de Arruda, em Matão (SP), foram condenados na madrugada desta sexta-feira (9). O crime aconteceu em 19 de fevereiro de 2018, quando o sargento da Força Tática tentou ajudar um padre que era extorquido pelos criminosos, após a gravação de vídeo íntimo.

Edson Ricardo da Silva, de 33 anos, conhecido como Banana, foi condenado a 24 anos, 11 meses e 10 dias por homicídio, extorsão e ameaça. Luiz Antônio Carlos Venção, de 29 anos, foi sentenciado a 24 anos e 7 meses de prisão, mas apenas por homicídio e extorsão. Ambos vão cumprir as penas em regime fechado. O G1 ainda não conseguiu contato com a defesa deles.

Já Diego Afonso Siqueira Santos, de 23 anos, recebeu uma pena menor de 5 anos e 4 meses porque foi condenado apenas pelo crime de extorsão. Como ele já cumpriu uma parte da pena enquanto aguardava o julgamento em regime fechado, a defesa expediu um alvará de soltura e ele foi para casa após o julgamento que terminou na madrugada.

O crime

Segundo o delegado Marlos Marcuzzo, o sargento de Araraquara (SP) de 43 anos recebeu a ligação de um amigo em comum para apurar ameaças contra o padre Edson Maurício, que era responsável pela Paróquia de Santo Expedito, em Matão.

 

Mesmo de folga, ele e outros três policiais foram com padre até a casa dele no bairro Residencial Olivio Benassi.

Lá, os criminosos ligaram e marcaram de ir ao local. Quando chegaram, notaram a movimentação de carros e já entraram armados. Houve troca de tiros e Arruda foi atingido duas vezes no peito.

O sargento chegou a ser socorrido pelos outros policiais, mas não resistiu aos ferimentos. Os suspeitos de cometerem o crime fugiram. O padre não se feriu.

Extorsão

De acordo com a polícia, os criminosos pediam dinheiro ao padre, após a gravação de um vídeo de sexo entre ele e um dos acusados. Segundo Luiz Gustavo Vicente Penna, advogado de Edson Ricardo da Silva, o cliente tinha um relacionamento homossexual com o padre há cerca de 3 anos e decidiu extorqui-lo depois que sua esposa pediu o divórcio.

Ele pediu R$ 80 mil para não divulgar um vídeo dos dois fazendo sexo. As imagens teriam sido gravadas pelos outros dois acusados. Na época, a Diocese de São Carlos emitiu uma nota pedindo desculpas aos fiéis e anunciando a suspensão do pároco. Nesta quinta, a igreja informou que ele ainda continua suspenso de todas as atividades sacerdotais.


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