23/05/2016 às 18h23min - Atualizada em 23/05/2016 às 18h23min

Núcleo de Economia da ACISC divulga expectativas de vendas para os próximos meses

São Carlos Ainda segundo o economista, a inflação que aumenta os custos de produção tem reduzido as margens de lucro dos negócios

O Núcleo de Economia da ACISC – implantado recentemente pela Associação Comercial e Industrial de São Carlos – informa que os consumidores locais estão com expectativas melhores para o futuro próximo do que estavam em março de 2015, ou seja, eles esperam dias melhores no curto prazo. 

De acordo com o economista Elton Eustáquio Casagrande, o nível de emprego no município é outro elemento ainda elevado, quando comparado a 2015. “São Carlos registrou 75.236 postos formais de trabalho em dezembro de 2015. Em março de 2016, o total foi de 75.110. O número recente é discretamente menor, mas pouco relevante quando comparado com as quedas registradas no estado de São Paulo e no Brasil. O emprego formal caiu em -0,5% no Brasil em março quando comparado com janeiro de 2016, -0,4% no estado de São Paulo e aumentou 0,04% na cidade de São Carlos”, compara. 

Elton explica que as perspectivas para o comércio varejista nos próximos meses dependerão de dois aspectos mais gerais: a renda das famílias e seu poder de compra e o desempenho dos outros setores econômicos (indústria, serviços, construção civil e agronegócios). “É importante esclarecer que a renda das famílias apresenta tendência de queda no curto prazo em função da taxa de inflação e o aumento do desemprego. Esses dois fatores impedem boas negociações salariais. Por outro lado, as contratações de trabalhos de autônomos e mercado informal de trabalho, sem seguridade social, pode compensar a queda da renda oriunda das dificuldades que cercam o emprego com carteira”, diz. 

Ainda segundo o economista, a inflação que aumenta os custos de produção tem reduzido as margens de lucro dos negócios. Por outro lado, à medida que aquisições de bens importados ficam muito dispendiosas, é provável que o setor industrial comece a dar sinais de melhor desempenho no mercado interno. “Os outros setores econômicos, em particular de bens duráveis, enfrentam mais dificuldades, mas os bens de baixo valor agregado, como aqueles que incluem o setor de presentes associados às datas comemorativas pode sim surpreender. A surpresa pode vir não com relação a um desempenho superior ao de 2015, mas em função das compras serem um pouco maiores que o comércio espera em função dos quatro primeiros meses do ano de 2016”, completa. 

A Federação do Comércio do Estado de São Paulo mostra que o índice de confiança dos consumidores na capital paulista caiu 6% no mês de março com relação ao mês de fevereiro de 2016. E a confiança é 16% menor do que era em março de 2015.


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