A Santa Casa de São Carlos recebeu na manhã dessa quinta-feira, 19, uma nova visita do representante do Ministério da Saúde, Danilo Carvalho Oliveira, que atua como apoiador da Rede de Urgência e Emergência no Estado de São Paulo.
O encontro ocorreu para que o Ministério da Saúde validasse a reestruturação do fluxo do Serviço Médico de Urgência (SMU) do hospital, projeto apresentado há um mês para o Ministério, no qual consta a nova estrutura de acolhimento do setor.
De acordo com o representante, o plano de ação e estratégias de fluxos da Santa Casa está correto e adequado à estrutura da instituição. O hospital está credenciado na de Urgência e Emergência (RUE) do Ministério da Saúde. Com isso, recebe, por mês, R$ 440 mil para manutenção e custeio nos procedimentos de urgência e emergência tanto do SMU como das quatro UITs.
Ele elogiou o esforço da equipe multidisciplinar na construção do projeto. A meta é consolidar no hospital o núcleo de acesso à qualidade hospitalar. Uma diretriz do Ministério da Saúde que projeta a melhoria da assistência de acolhimento e tratamento do paciente do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nossas perspectivas são bastante otimistas, e acreditamos que poderemos cumprir o planejamento traçado pela Santa Casa”, ressaltou Oliveira.
Ele afirmou que essa etapa do projeto será para alinhar protocolos, fluxos e equipe para melhorar a qualidade do atendimento. “No final do ano haverá um monitoramento, para que se estabeleça o que de fato conseguiu-se cumprir”.
Um dos pontos trabalhados nos últimos 30 dias foi a implantação do Núcleo Interno de Regulação (NIR), que na Santa Casa é coordenado pelo médico Daniel Bonini, que agora também coordena o SMU.
Bonini explicou que o plano de ação traz uma revisão da classificação de risco, passa pelo cuidado e humanização do atendimento no SMU, como também estabelece regras para as equipes de atenção hospitalar, para melhorar o atendimento à população que utiliza o SUS.
“Toda a classificação de risco já está revisada. Para onde esse paciente vai, onde ele será atendido e a maneira que será tratado. Esses e outros fluxos do SMU sofreram modificações, para receber de forma adequada o paciente e o familiar”, resumiu.
O coordenador do SMU enfatizou que essa mudança irá proporcionar um tempo de espera adequado para o paciente.
A reunião contou com os gerentes Hospitalar (Eduardo Pramparo), de Manutenção (Carlos Gaspar) e Enfermagem (Amanda Risso). Pramparo apresentou todo o plano de ação ao representante do Ministério da Saúde e aos representantes da Diretoria Regional de Saúde (DRS) e da Secretaria Municipal de Saúde.
O provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior ressaltou que as vistorias feitas pelo Ministério da Saúde são positivas. Elas proporcionam uma revisão dos fluxos de atendimento e consequentemente uma melhora na qualidade na atenção à Saúde. “Esses encontros promovem a reflexão sobre o acolhimento e proporciona novas diretrizes para o hospital”.
Classificação
A Santa Casa de São Carlos implantou em 2015, o protocolo Manchester de Classificação de Risco na entrada no Pronto Socorro e Maternidade.
O Manchester, que é usado internacionalmente por ter comprovação científica, pretende assegurar que a atenção médica ocorra com a urgência da gravidade clínica apresentada pelo paciente, e não mais pela ordem de chegada no hospital.
