A proposta da Prefeitura Municipal de São Carlos de reajustar o salário do funcionalismo público municipal em 5,84%, e aumentar o ticket de R$ 120 para R$ 170, foi recusada por unanimidade pelos servidores que compareceram na assembleia realizada no Sindspam na noite desta quarta-feira, além da recusa a categoria decidiu entrar em greve a partir da próxima terça-feira (22).
A assembleia foi concorrida, além de um bom número de servidores presentes, compareceram diversos vereadores que estão desde o começo apoiando o movimento dos servidores, além de membros da subsede da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
O presidente do Sindspam, Adail Alves de Toledo abriu os trabalhos informando o resultado da reunião realizada no Paço Municipal na parte da manhã e depois foi lido o ofício encaminhado pela Prefeitura ao sindicato, oficializando a proposta recusada.
Depois a palavra foi aberta aos servidores que aproveitaram o momento para se manifestarem favoráveis a greve e demonstrarem a insatisfação dos servidores com a Administração do prefeito Paulo Altomani. Servidores da Educação afirmaram que estão tendo dificuldades para trabalhar, pois falta tudo que é tipo de material, tanto em sala de aula como nas dependências das escolas municipais. Servidores da Saúde também reclamaram e voltaram a afirmar que está faltando remédios, equipamentos e até material para preenchimento de prontuários, como canetas por exemplo.
Uma professora fez questão de frisar que o prefeito mente quando diz que deu 10 % de aumento a categoria e implorou para que ele pare de fazer esse tipo de declaração na imprensa. Uma servidora da Saúde, disse que a máquina pública só não parou, por causa dos servidores de carreira estão fazendo o possível e o impossível para conseguir trabalhar. Depois da participação dos servidores, ocorreu a votação que rejeitou a proposta da Prefeitura e deliberou pela deflagração da greve a partir da terça-feira que vem. Foi acertada a formação de uma comissão de greve para começar a traças as estratégias a serem tomadas já a partir desta quinta-feira (17).
A mobilização – Adail informou que o movimento de greve começara logo após o feriado prolongado e neste primeiro momento a intenção é ir parando aos poucos a Prefeitura. "A partir do dia 22 começaremos a ir às repartições e paralisando as atividades, cada dia iremos inicialmente parar uma repartição e já convocando os trabalhadores para uma greve geral de toda a categoria simultaneamente, iremos fazer essa mobilização em todas as repartições da prefeitura. "
Legalidade – O advogado do sindicato, Luiz Donizete Luppi, explicou que após a decisão soberana da assembleia que decidiu pela greve, é feita a comunicação para a Prefeitura Municipal e ao Ministério do Trabalho e que a partir deste comunicado em 48 horas a greve já pode ser iniciada segundo os trâmites legais.
