24/07/2013 às 17h30min - Atualizada em 24/07/2013 às 17h30min

Entulheiras clandestinas são fechadas pela fiscalização no Zavaglia

Equipes de fiscalização da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Serviços Públicos, Cetesb e Polícia Militar, descobriram na manhã desta quarta-feira (24), duas áreas na região do Jardim Zavaglia que estavam servindo como pontos de descarte irregular de resíduos sólidos de construção civil ou entulho como é mais conhecido.

As duas áreas estão localizadas em extremidades opostas da Estrada da Ferradura que passa ao lado do Zavaglia e estão inseridas na área de preservação permanente do córrego da Água Quente.

A fiscalização chegou aos dois locais após denúncias e um trabalho de acompanhamento das equipes municipais, em especial da Administração Regional da Vila Prado e do Tijuco Preto.

O secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia José Galizia Tundisi, acompanhou a operação e ficou indignado com a falta de respeito com o meio ambiente. Tundisi disse que a Prefeitura não irá permitir esse tipo de atividade ilegal, imoral e nociva ao meio ambiente.

Os fiscais municipais e da CETESB apuraram que uma das áreas descobertas estava sendo utilizada por pelo menos oito empresas que exploram o serviço de locação e remoção de entulhos na cidade. A outra pertence ao dono de uma empresa de caminhões basculantes, que também depositam entulhos no local.

Tundisi disse que os responsáveis pelas empresas que exploram o serviços de caçambas e que utilizavam essas áreas particulares também serão responsabilizados pelo descarte irregular e pelo crime ambiental cometido.

As empresas quem locam caçambas utilizam esses locais como os descobertos nesta quarta-feira para depositar entulho a custo menor do que é cobrado pela entulheira oficial, que possui autorização da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

Pelo volume de entulho encontrado nas duas áreas os fiscais acreditam que o descarte irregular estava ocorrendo há meses.

O proprietário da primeira área fiscalizada, sabia da atividade ilegal, mas disse que não cobrava nada das empresas, "eram elas que me procuravam e eu deixava pois há tempos venho enfrentando problemas com as minhas terras, depois da construção do Zavaglia, toda a água das chuvas do bairro inteiro vem para dentro da minha propriedade o que acabou provocando uma erosão, por isso eu deixava eles jogarem o entulho aqui", disse o proprietário.

No ano passado a reportagem do SCDN e do Programa Carlinhos Lima da Rádio Clube AM, esteve neste mesmo local atendendo ao pedido do dono da área. Na época ele reclamou do descaso do poder público com o problema que vinha enfrentando desde a construção do novo bairro. Mas ninguém fez nada para atender suas necessidades.

"Naquela época falei com um monte de gente grande da Prefeitura, da Câmara Municipal, expliquei o problema que tinha aqui, ninguém, mas ninguém fez nada, tenho tudo isso documentado e eu não vou segurar esse pepino aqui de hoje sozinho não", disse.

Os proprietários das duas áreas receberam notificação da fiscalização ambiental do municipal com prazo de até 15 dias pararem a atividade ilegal. A CETESB através da Agência Ambiental de São Carlos também lavrou autos de inspeção e agora tomará as devidas providências legais.

Os responsáveis pelas empresas que depositavam os resíduos nessas áreas também serão penalizados.

Problema – Desde a implantação da entulheira particular localizada na avenida Ayrton Salvador Leopoldino Junior a cidade ganhou um problema sério que é em relação ao descarte ilegal de resíduos sólidos.

A entulheira pertencente a empresa AMX Ambiental e entrou em funcionamento em 2 de maio deste ano. Ela é a única área autorizada pela CETESB para receber entulhos, cobrando por metro cúbico depositado, sistema esse que já é aplicado em muitas cidades do interior. A mudança gerou polêmica entre os empresários do setor de caçambas, que acabaram passando para o consumidor final a cobrança desse descarte.

Valores das taxas que são cobradas na entulheira da AMX:

- Resíduo Tipo A (entulho, alvenaria, cerâmica, placas de concreto de pequeno porte, solo, areia) – R$ 20,00 por metro cúbico.

- Resíduo Tipo B (madeira, plástico, papéis, metais, ferro, vidros) – R$ 20,00 o metro cúbico.

- Resíduo Tipo C (gesso, telha fibracimento, amianto) – R$ 100,00 o metro cúbico.

- Materiais volumosos (placas de concreto de grande porte) – R$ 30,00 o metro cúbico.

- Massa verde (poda de árvores e galhos, capim, grama, folhagem) – R$ 80,00 o metro cúbico.


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