O vereador Dorival Mazola Penteado (PSDB) disse que a população, a partir dos municípios, precisa reagir a “iniciativas oportunistas” como a do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de propor uma nova consulta popular sobre o desarmamento na esteira do massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo.
“É uma grande bobagem e um retrocesso, pois a população já opinou e fazer um novo plebiscito significa torrar dinheiro público, dinheiro do contribuinte que poderia ser investido em segurança pública”, disse. A seu ver, a proposta é contrária aos cidadãos de bem que em 2005 já opinaram de maneira muito clara no referendo, manifestando-se pela manutenção do comércio de armamentos e munições, mesmo que com uso restrito.
Naquela ocasião, o resultado final foi de 59.109.265 votos rejeitando a proibição (63,94%), enquanto 33.333.045 votaram pelo "sim" (36,06%). “Proibir seria tão inútil quanto fazer uma lei determinando a proibição de assaltos com arma de fogo, já que os bandidos não compram armas em loja e, sabendo que o cidadão de bem não possui armamento, os assaltantes terão sua tarefa facilitada”.
No entender de Mazola o Senado perde a oportunidade de discutir medidas concretas para melhorar a segurança pública no país. O vereador concorda com o posicionamento manifestado pelo senador Demóstenes Torres (DEM/GO), segundo o qual “se as armas foram adquiridas de forma legal tem que desarmar os bandidos e não os cidadãos de bem".
Atualmente o Brasil já tem uma legislação das mais rigorosas do mundo para a obtenção de porte de armas.
TSE – Nesta quinta-feira (14), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowski afirmou que a Justiça Eleitoral está pronta para promover uma consulta popular sobre o desarmamento. Segundo o ministro, a consulta custaria aos cofres público em torno de R$ 300 milhões, valor gasto pela Justiça Eleitoral para realização das últimas eleições.
